quinta-feira, 23 de abril de 2015

OPINIÃO DE PRIMEIRA

DINHEIRO DE 400 MIL CASAS POPULARES JOGADOS NO LIXO

É mais um feriadão, que serve também para reflexão sobre algumas questões que afetam nosso país. Tantos feriados paralisam a economia, por vezes durante vários dias. Num levantamento nacional, chegou-se a números espantosos. Neste 2015 onde haverá 11 feriados caindo em dias úteis (muitos transformados em longos feriadões), os prejuízos ao país, só na indústria e no comércio chegarão a mais de 24 bilhões de reais. Para se ter uma ideia desta fortuna, se poderia construir, por exemplo, 400 mil casas populares  de qualidade, ao preço médio de 60 mil reais cada. Se resolveria o problema habitacional de centenas de cidades brasileiras, apenas com o que o Brasil deixará de faturar em tantos dias em que o trabalho será esquecido em troca de comemorações em que, em vários casos, a maioria dos brasileiros não sabem nem o que está sendo festejado. O erro crasso de paralisar a economia, num momento em que ela está em queda, acentua ainda mais as enormes dificuldades pelas quais estamos passando. A falta de visão, o corporativismo, o temor de fazer leis que possam não agradar ao funcionalismo  em todos os níveis, tornam o festival de feriados difíceis de serem modificados.
São os servidores públicos os maiores beneficiados por tantos feriados. Até porque, se eles trabalharem ou não, se produzirem ou não; se atenderem ou não, receberão seus salários integralmente, sempre, porque o dinheiro que os paga vem de um poço sem fundo. No caso da iniciativa privada, um dia não trabalhado que tenha que ser pago ao trabalhador, somando-se também com os absurdos impostos, causam danos que, em alguns casos, são irreversíveis, principalmente para a pequena indústria e o pequeno comércio. Nesta crise toda, temos 24 bilhões de reais para jogar no lixo? Os que adoram feriados e feriadões acham que temos...
 CONFÚCIO E CÉSAR - O governador Confúcio Moura não poupou elogios ao prefeito de Rolim de Moura e empresário César Cassol, ao participar da solenidade de inauguração da PCH (pequena hidrelétrica) César Filho, no rio Taboca, em Chupinguaia. Confúcio, deputados e convidados também visitaram a usina de calcário que o Grupo Cassol constrói em Parecis. "O César Cassol sabe ganhar dinheiro. E ainda ajuda muito no progresso do nosso Estado", disse o Governador. Embora adversário político do senador Ivo Cassol, seu antecessor, Confúcio tem se aproximado de César.
HISTÓRIA SEM FIM - Violência aumentando, assassinatos que tiram vidas por motivos fúteis; mais uma morte de homossexual; jovens sendo dizimados. Na área policial, além de tudo o que já se sabe que ocorre nos finais de semana, em Porto Velho, a morte continua rondando impunemente. Não é novidade, nem aqui e nem em qualquer cidade do Brasil. Enquanto se discute idade penal, superlotação dos presídios, se a presidente mentiu ou não na campanha eleitoral, o crime extermina parte da população brasileira. Governo, Congresso e todas as instituições do país que deveriam tratar da questão, fazem de conta que tudo isso na (in)segurança pública é normal. E não resolvem nada...
 VEREADOR NA LISTA - A Prefeitura de Porto Velho tem publicado na mídia impressa, editais chamando donos de terrenos baldios e abandonados na cidade para que providenciem a limpeza, construção de calçadas e outras benfeitorias, sob  pena de multas e outras sanções. O curioso é que na última relação está o nome de um vereador, exatamente alguém que compõe o poder que tem obrigação de cobrar ações para acabar com tantos terrenos baldios, que transformam várias áreas da cidade em pontos de lixo, atração de animais e criadouro de mosquitos. Mas está lá, na relação, o nome e o sobrenome...
 NOVOS ARES - Depois de uma passagem importante e ao mesmo tempo com questões polêmicas (como a Operação Apocalipse), o delegado Marcelo Bessa concorreu a uma cadeira na Câmara Federal, por Rondônia e não conseguiu se eleger. Mudou-se do Estado, passou alguns meses no nordeste e, na semana passada, saiu sua nomeação para a Polícia Federal de Criciúma, uma das principais cidades do interior de Santa Catarina, distante cerca de 190 quilômetros da Capital, Florianópolis. Bessa é policial federal e, ao que parece, não tem planos de voltar a Rondônia.
 RIMA VOANDO - Começa nos próximos dias um novo voo diário, ida e volta, ligando Porto Velho a Cacoal. O novo voo é a da empresa Rio Madeira Aerotáxi Ltda (RIMA), que utilizará um avião Cessna Grand Caravan C-208B, com capacidade para onze passageiros. O valor da passagem será de 395 rerais. O voo sairá de Cacoal às 7h30 da manhã para a Capital e retorna no mesmo dia, à tarde, às 16h20. A iniciativa da Rima está sendo comemorada por empresários, principalmente, que precisam se deslocar seguidamente entre as duas cidades. A empresa, autorizada pela Anac, começa os voos a partir do início de maio.
 PERGUNTINHA - A decisão do PT de não aceitar mais doações de empresas para campanhas eleitorais vai acabar com a corrupção que corroeu o partido?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
  

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