sexta-feira, 6 de março de 2015

Gasolina vai receber adição de mais 2% de álcool

  
O aumento de 2% na porcentagem de álcool na gasolina comum e aditivada, elevando a composição da gasolina vendida nos postos de 25% para 27%, proposto pelo governo federal para beneficiar o setor sucroalcooleiro, que vive dificuldades em função da estiagem prolongada e do preço do etanol, passa a valer a partir do dia 16 de março. Depois de muitos debates com representantes dos fabricantes, ficou decido, ao menos por enquanto, que a gasolina do tipo Premium (mais cara), como Podium e V-Power, não receberá os 2% a mais de álcool na sua composição, permanecendo com 25%.

Na avaliação de Emerson Madeira, da Madeira Performance, em São Paulo (SP), oficina especializada em motos de alta cilindrada, o aumento de 2% de álcool na composição da gasolina é pouco significativo e não deve afetar as motos nacionais novas com injeção eletrônica, as equipadas com motores flex fuel e as importadas, que passam pelo processo de tropicalização (medida que prevê uma série de mudanças mecânicas e eletrônicas feitas nos veículos para as especificações do combustível brasileiro, assim como regulagens de emissões, suspensão, freios, entre outros aspectos).
 
No caso de motos importadas, de importação direta e independente, e os modelos mais antigos, como as carburadas, a mudança até pode causar algum tipo de transtorno para o motociclista. “Isso pode acontecer pelo problema da adição de água no etanol e do uso de combustível de má qualidade, podendo gerar corrosões em componentes e redução no desempenho. Por isso é importante fazer as revisões e serviços de manutenção com regularidade para evitar prejuízos maiores”, destaca.
 
Segundo o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), a mudança no percentual do etanol na gasolina, com o acréscimo de 2% na sua composição, não deve modificar os parâmetros vigentes de consumo e eficiência energética previstos no recente Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular. Em termos práticos, o aumento da proporção de álcool na gasolina também não deve trazer nenhum tipo de redução nos preços praticados pelos postos de combustíveis para a venda de gasolina e etanol.
Fonte: Moto.com

 

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