quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

TÉCNICA DE PILOTAGEM


Posicionamento na moto - A moto é conduzida pelo posicionamento do nosso corpo. Manter um posicionamento correto, além de aumentar sua segurança e a eficiência nas mudanças de direção, torna a pilotagem mais confortável. Os pés devem ficar em linha reta e paralelos, com as pontas sobre as pedaleiras. Desloque-os para frente quando for necessário acionar o câmbio ou freio traseiro e retorne à posição original. Nunca pilote com as pontas dos pés abaixo da linha das pedaleiras, porque ficam expostas a obstáculos. Pressione os joelhos contra o tanque e mantenha a coluna ereta para evitar dores nas costas. Os braços devem estar relaxados e os cotovelos, próximos ao corpo.
 Garupa  - Quando der carona, pilote com mais suavidade para deixar o passageiro confortável. Explique que ele deve acompanhar a inclinação para o lado da curva e sempre segurar nas alças ou cintura do piloto.
 Bagagem - Se precisar transportar objetos prefira baús ou mochilas. Caso não seja possível, evite exagerar no tamanho e no peso porque prejudicam a dirigibilidade. Uma fixação mal feita pode se soltar, enroscar na moto ou mesmo distraí-lo, causando uma queda. 
 Faixa - A moto não seria uma solução para o trânsito se perdesse a capacidade de evitar congestionamentos. Mas é preciso cuidado para trafegar entre os outros veículos, que têm pontos cegos e motoristas nem sempre atentos. Trafegue no meio da faixa de rolagem e recorra a ultrapassagens entre os carros apenas quando se formarem congestionamentos. Ainda assim, o faça em baixa velocidade e sinalize sua passagem com o farol sempre aceso e a buzina.
 Cruzamentos e conversões - São as situações de maior risco para o motociclista. Sempre reduza a velocidade e olhe para os dois lados, mesmo que tenha a preferência na passagem, já que você está mais vulnerável que os motoristas. Ir devagar também ajuda a desviar e evitar imprevistos como pedestres desatentos, motoristas que não respeitem o sinal vermelho e problemas na pista (sujeira, buracos e ondulações).
 Pilotagem defensiva - O grande segredo da pilotagem defensiva é ser visto. A moto é menor e muda de direção mais rápido que o carro, por isso nem sempre o motorista está nos vendo. Manter o farol (e não a lanterna) aceso de dia ou de noite é a primeira e mais importante precaução que podemos tomar. Outro cuidado é jamais ultrapassar pela direita: se muitos motoristas já se esquecem de usar o espelho retrovisor esquerdo, imagine a probabilidade de nos notarem pela direita... Acione a buzina com um leve toque se achar necessário e veja se ele te olha pelo espelho retrovisor antes de ultrapassar. Afaste-se de motoristas ao celular ou que estejam olhando para telas dentro do carro, como a de GPS. 
 Frenagem - Em piso seco e pavimento como asfalto e concreto, use o freio dianteiro sem medo. Aplique primeiro o de trás e logo em seguida o da frente, o que evita o mergulho da dianteira da moto. O freio dianteiro é mais forte e essencial para reduzir a distância até a parada. Acostume-se a usar dois dedos para acionar a alavanca (indicador e médio), o que evita o risco de, com um susto, se apertar a alavanca com todos os dedos e força excessiva, causando o travamento da roda. É recomendável aplicar 70% da força nele e os outros 30% no traseiro. Em piso de chão, reduza a carga na dianteira e transfira para a traseira, evitando assim o travamento da roda de direção por falta de aderência do pneu com o solo.  
É importante lembrar que a aderência é reduzida nas curvas. Para esse tipo de frenagem prefira colocar a motocicleta em pé o mais rápido possível e então execute a frenagem de emergência. Evite esse tipo de situação sempre reduzindo a velocidade antes da curva e só acelerando novamente quando é possível ver o que há depois.
 Aderência - As vias brasileiras têm algumas armadilhas que vão além dos buracos e ondulações. Muitas vezes, mesmo que pareçam bem conservadas, podem esconder riscos para o motociclista. A chamada sinalização horizontal, pintada ou instalada no asfalto, costuma ser uma área de baixa aderência especialmente perigosa quando molhada ou suja. Evite frear sobre as faixas de delimitação de pistas, lombadas pintadas e tachões. Quando a pista está úmida, evite passar sobre áreas pintadas inclusive nas curvas e mudanças de direção.
Lembre-se que pneu novo sempre vem com uma camada de cera, que é usada na fabricação para que a borracha se solte da fôrma. Quando comprar uma moto nova ou trocar de pneu lembre-se que a aderência estará reduzida nos primeiros quilômetros.
 Obra - Perto de obras reduza a velocidade porque muitas vezes estão mal sinalizadas, o piso sujo e há chapas metálicas cobrindo buracos, que também ficam escorregadias quando molhadas. Outro problema frequente são as pistas que passam por mudanças provisórias de traçado, fazendo com que novas faixas sejam pintadas e as antigas cobertas por tinta preta. Nesse caso é preciso ainda mais atenção com piso molhado, porque há trechos pintados difíceis de serem diferenciados do resto do asfalto.
Fonte: Revista Duas Rodas

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