terça-feira, 20 de janeiro de 2015

OPINIÃO DE PRIMEIRA

NA EMBAIXADA BRASILEIRA, O ALERTA: PERIGO DE MORTE

“Atenção! O uso de drogas na Indonésia é objeto de punições severas e o tráfico de drogas é punido com Pena de Morte".  O cartaz é claro. Está exposto, em local público. Onde? Na Embaixada brasileira em Jacarta, na Indonésia. O aviso não precisa ser mais explícito. Quem o ignora, além de estar cometendo um crime hediondo, ainda, se preso, tem grandes chances de morrer. O brasileiro Marco Archer Moreira (foto), de 53 anos, não acreditou nos avisos e, há onze anos, tentou entrar na Indonésia levando cocaína dentro de aparelhos esportivos. Preso, foi fuzilado neste sábado. Houve, claro, grande indignação, inclusive do governo brasileiro, que pediu por sua vida várias vezes. Parte da população do nosso país - muito mais por motivos religiosos do que outra coisa - também se condoeu com a trágica morte. Mas houve uma ampla maioria, ao menos nas redes sociais, de opiniões apoiando o fuzilamento. Sabe-se que a pena de morte é desumana e não acaba com o crime. Mas no Brasil, onde o governo jogou a população no colo da criminalidade, com leis pífias e campeãs mundiais de impunidade, uma maioria imensa não só apoia como também aplaude penas capitais para bandidos.
Embora os defensores dos direitos humanos e muita gente dentro do nosso governo fale em defesa dele, quase como se Marco Archer não fosse um criminoso, o exagero do fuzilamento é sim condenável, em sociedades democráticas e justas. A dura reação das nossas autoridades pode ainda salvar a vida de Rodrigo Moreto Cubek, outro traficante no corredor da morte em Jacarta. Mas não mudará uma verdade: há muitos anos, desde que a pena capital foi imposta no país, o tráfico de drogas caiu drasticamente na Indonésia. Algumas poucas execuções deixam claro que, quem se arriscar, sabe o que lhe espera! A escolha é do freguês!
 MAIS DE 2.500 - Ainda dentro do mesmo tema: hoje, no mundo todo, nada menos do que 2.500 brasileiros estão presos em mais de 50 países, em todos os continentes. O maior número na Europa (1.098), América do Sul (804) e Ásia (451). Na maioria dos casos são crimes menores, mas há vários outros envolvidos com o tráfico internacional de drogas e pelo menos uma denúncia grave contra um pai, que teria abusado sexualmente dos filhos, nos Estados Unidos. Nesse caso, há grande cheiro de armação contra o acusado. A ex estaria querendo ficar com os filhos. O homem está preso há 900 dias, sem acusação formal.
PASSADO NEBULOSO - As últimas eleições para a Mesa Diretora e escolha do presidente da Assembleia, no início das legislaturas, foram cercadas de negociações suspeitas; grupos fechados em hotéis; boataria pesada de que malas de dinheiro circularam entre os parlamentares. Os rolos foram sempre imensos e as suspeitas rondaram as últimas disputas, culminando com a de Valter Araújo, que vai estar enrolado com a Justiça durante longos anos. O clima para este ano, contudo, não é o mesmo, felizmente. Ao menos é o que aparenta no desenho atual.
 MAURÃO BEM PERTO - Tudo indica que a eleição de Maurão de Carvalho se encaminha para a consolidação. Ele tem apoio de mais de um grupo de parlamentares, tem inclusive o do governo, que vai sim acompanhar muito de perto a disputa deste ano. E, que ninguém estranhe, Maurão pode ser praticamente entronizado com votação quase unânime, porque os demais nomes que estão sendo citados como possíveis candidatos à Presidência, podem tirar seus times de campo e entrar no do deputado mais cotado para ser o sucessor de Hermínio Coelho.
 HISTÓRIA ESQUECIDA - Repercute na Capital mais um atentado contra a história da cidade. A fachada do antigo Cine Reski, fundado nos anos 50 e que foi um grande sucesso entre  algumas gerações de porto velhenses, está sendo destruída. No prédio, vai funcionar uma dessas igrejas evangélicas, que estão tomando conta de grandes áreas, para abrigar seus fiéis. Nem a declaração de que o prédio do Reski é Patrimônio Histórica da cidade (a lei é de 1994), o protegeu da descaracterização. Muitos protestos já foram feitos e outros tantos o serão...
 ÓPERA BUFA - Está virando uma ópera bufa, daquelas dignas de serem apresentadas em grandes palcos: nada melhor para sintetizar a situação do alvará para liberação do Teatro Estadual, que continua impedido de realizar espetáculos com cobrança de ingresso, porque não tem a licença da Prefeitura de Porto Velho. O caso se arrasta há meses e os burocratas dos dois lados ficam empurrando a culpa entre membros do governo e da administração municipal. Está ficando ridículo.
 O POVO NÃO RI! - O pessoal  do governo diz que a culpa é da burocracia da Secretaria Municipal da Fazenda e que até documentos teriam sumido, por isso o alvará, que já deveria ter sido expedido há tanto tempo, nunca sai. A Prefeitura retruca é diz que o desorganizado é o governo, que não entrega os documentos solicitados. No meio disso tudo, o Ministério Público está exigindo uma solução, para que  o Teatro não funcione irregularmente. Enquanto isso, na plateia, o público, vítima, não ri. E muito menos aplaude.
 PERGUNTINHA - Depois de mais um pacote de maldades, que inclui mais impostos e cortes em investimentos, o que mais o governo da presidente Dilma Rousseff tem na manga para este primeiro semestre?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires



Nenhum comentário:

Postar um comentário