domingo, 7 de dezembro de 2014

ACORDAR PARA O FUTURO

Herodoto Barbeiro
Estado democrático só com a liberdade de expressão e de imprensa garantida pela lei. As duas sofrem constrangimento. A liberdade de expressão acossada por estados totalitários espalhados pelo mundo. A liberdade de imprensa ameaçada pelas novas tecnologias e pela falência do modelo capitalista de negócio. Uma grande empresa, com muitos funcionários, faturamento robusto, distribuição de dividendos para seus acionistas, proprietária de um ou mais veículos de comunicação está em crise. Há uma busca frenética para um novo modelo de negócio para enfrentar a crise que abate esses empresas  há aproximadamente 25  anos nos Estados Unidos e Europa e há uns dez no Brasil.
  A plataforma de papel e tinta, publicada diariamente, está em seus estertores. O ecossistema jornalístico mudou muito rapidamente. A publicidade fugiu dos jornais em busca de outras oportunidades no mundo digital. Os adoradores de noticias tem seus caminhosinternéticos gravados em seus gadgets de todo  formato e tamanho. A noticia está no bolso, ou na pasta, ou na mala, ou no elevador. Não mais necessariamente nas bancas da esquina. Empresas jornalísticas estrangeiras optaram pelo sistem a do paywall, ou seja, de assinantes que pagam para ler todo o conteúdo do jornal na internet. Algumas já chegaram a um milhão de pagantes. No  entanto ainda demitem os jornalistas o que mostra que nem tudo é céu de brigadeiro. É bom lembrar que as assinaturas digitais custam menos do que as assinaturas físicas.
  As empresas que editam jornais no Brasil perdem faturamento desde 2008. A cada ano a perda é maior. Elas buscam, como em outros lugares do mundo, um substituto para o modelo de negócio que se iniciou no Século 19. A “fabrica” de jornais que apurava, reportava, editava e publicava com o suporte comercial dos anunciantes está falida. Vai fechar. Já se chegou a conclusão que é preciso investir em novas plataformas e formatos na tecnologia que embala o mundo, as plataformas móveis, os smart phones. Antes eram exclusividade dos jovens,  hoje estão no bolso de todos. Vai restar dos antigos jornalões a credibilidade da marca, sua credibilidade, que se constitui em fator do diferencial competitivo entre as empresas. Elas são valiosas e não podem se perder. Com a convergência de mídia a mesma marca abarca texto, vídeo, som, arquivo, compartilhamento, relacionamento. Vai ser o chapéu que cobre todos os canais por onde as notícias com credibilidade fluirão.
Fonte: Herodoto Barbeiro

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