sábado, 1 de novembro de 2014

OPINIÃO DE PRIMEIRA

QUANDO OS GRINGOS SE REÚNEM PARA MANDAR NA AMAZÔNIA

A coluna hoje é dedica a um único tema: a comprovação de que, há décadas, instituições internacionais decidiram ratear a Amazônia, tomando-a como se fosse delas; cooptando brasileiros para isso; gastando muito dinheiro para manter seu poder sobre a região. Daí, quando se vê uma verdadeira mobilização internacional no sentido de que nossa floresta seja intocada (por nós, não por eles, é claro!),  compreende-se, por exemplo, porque uma rodovia vital para toda essa área amazônica, a BR 319, demora décadas para sair do papel. Entidades como "Le Comité International de la Défense de l'Amazonie"; "Inter-American Indian Institute";  "The International Ethnical Survival; " The Berna-Geneve Ethnical Institute", formam um chamado Conselho Ecumênico Cristão para o Brasil (Christian Church Woelrd Council"), que desde 1981 emitiu um documento oficial, considerando que a Amazônia é propriedade do mundo e não dos países onde ela existe, apenas por situação "meramente circunstancial". Ou seja, a Amazônia está no nosso mapa, mas não é nossa, segundo o tal documento de mais de três décadas!
O Conselho Cristão afirma ainda, no documento: "é nosso dever defender, prevenir, impedir, lutar, insistir, convencer, esgotar todos os recursos que, devida ou indevidamente, possam redundar na defesa, na segurança, na preservação desse imenso território e dos seres humanos que o habitam e que são patrimônio da humanidade e não patrimônio dos países cujos territórios, pretensamente, dizem lhes pertencer ". Sublinhe-se duas frases. A primeira: o uso de recursos que, "divida ou indevidamente" possam ser usados na defesa dos interesses destas instituições internacionais na nossa região. E outra, "que não são patrimônio dos países que, "pretensamente" são os donos da Amazônia. Tem muito mais.
SAIU NA IMPRENSA - O assunto repercutiu aqui e lá fora, nos idos dos anos 80. O jornalista Lúcio Albuquerque era correspondente do O Estadão de São Paulo. Montezuma Cruz escrevia para a Folha de São Paulo. Quando o documento chegou às mãos deles e a notícia saiu na mídia nacional, foi um rolo só. Ficou evidenciada a interferência internacional e a forma pública com que instituições religiosas representando vários países (nenhuma do Brasil ou da América Latina), decidiram intervir na nossa vida, sem nos perguntar nada.
 DECISÃO FILOSÓFICA - Um outro trecho do famigerado documento: "A Amazônia Total, cuja maior área fica no Brasil, mas também é parte dos territórios venezuelano, colombiano e peruano, é considerada por nós como um patrimônio da humanidade. A posse dessa imensa área pelos países mencionados é meramente circunstancial, não só por decisão de todos os organismos presentes ao Simpósio (encontro internacional de onde saiu o documento final) como também por decisão filosófica dos mais de mil membros que compõem os diversos Conselhos de Defesa dos Índios e do Meio Ambiente".
 A QUALQUER PREÇO - Compreende-se como muitos brasileiros, alguns famosos, acabaram ingenuamente se envolvendo na casa, muitos sem sequer ter colocado o pé na região em toda a sua vida. Veja só: "É nosso dever: a pesquisa, a identificação e a formação de líderes que se unam à nossa causa. É nosso dever principal transformar tais líderes em líderes nacionais dessas nações. É nosso dever identificar personalidades poderosas, aptas a defender os seus direitos ´a qualquer preço´  e que possam ao mesmo tempo liderar os seus comandos, sem restrições".
 CASO DOS ÍNDIOS - Sobre a questão indígena, pano de fundo para a "intervenção" internacional, há vários comentários no documento. Um deles: "é preciso defender os índios dos órgãos públicos ou privados, criados para defendê-los ou administrar as suas vidas. Tais órgãos, tanto os existentes no Brasil como em outros países, não defendem os interesses dos índios. Nunca se deve deixar de protestar contra qualquer ato que contrarie as diretrizes aqui compreendidas".
 INFILTRANDO - Ainda no texto: "É preciso infiltrar missionários e contratados, inclusive não religiosos, em todas as nações indígenas. Aplicar o Plano de Base das Missões, que se coaduna com a presente Diretriz e, dentro do mesmo, a posição de nossos homens em todos os setores da atividade pública, é muito importante para viabilizar estas diretrizes. É preciso reunir as associações de antropologia, sociologia e outras em torno do problema, de tal maneira que sempre que necessitemos de assessoria, tenhamos essas associações ao nosso lado".
E A GRANA? - Desde aquele início dos anos 80, exatamente quando começou a maior pressão por organismos internacionais que querem se apossar da Amazônia, há dinheiro abundante para as ações propostas. Diz o documento, à certa altura: " As verbas para o início do cumprimento desta etapa já se acham depositadas, cabendo a distribuição ao Conselho de Curadores definir e avaliar a distribuição". Diz ainda: "da verba destinada, 60% serão destinadas ao Brasil; 25% à Venezuela e 15% à Colômbia. Ficarão sem verbas até 1988 o Peru e os demais países da América do Sul".  "Os demais" é onde não existe a floresta amazônica.
 PERGUNTINHA - Alguém aí ainda acha que não tem grandes interesses de gente de vários países nas riquezas e a biodiversidade da NOSSA Amazônia?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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