sábado, 1 de novembro de 2014

CONCURSOS - Especialistas dizem como se portar em psicotécnico de concurso público

Concurseiros podem buscar orientação e dicas de profissionais antes da avaliação, mas o conselho ideal é ser fiel à própria personalidade

Responder a questões sobre personalidade pode até parecer simples. Mas quando o questionário põe em jogo anos de estudos, é preciso ter atenção redobrada, afinal, exames psicotécnicos  chegam a peneirar em 20% a concorrências nos concursos públicos.

Com uma safra de pelo menos 11 concursos com inscrições abertas recentemente no Estado, os candidatos devem ficar atentos à forma de preparação. Embora o envolvimento de psicólogos seja considerado antiético pelo Conselho Federal de Psicologia, há uma série de dicas que podem ajudar quem busca um posto no serviço  público. A principal é agir com naturalidade.

--O conselho básico é não tentar mascarar a personalidade. Não existe pessoa perfeita. A orientação é ser autêntico -- diz o delegado Luís Henrique, diretor da divisão de recrutamento e seleção da Academia de Polícia Civil (Acapepol).

Antes de ser aprovado no exame da Polícia Rodoviária Federal, Vagner Silva da Silva, 28 anos, adquiriu experiência em inúmeras outras avaliações. Ele buscou informações na internet e falou com pessoas que fizeram a prova para saber o que esperar. Aprovado em três concursos, a saga ainda não terminou. Em dezembro, vai pleitear uma das 600 vagas no concurso da Polícia Federal -- considerado um dos mais disputados.

--É preciso ficar atento a os detalhes do edital e da prova. Dependendo do concurso, são testes que variam de três a 20 minutos. Acaba um e começa outro. Por isso, é importante controlar o nervosismo, dormir bem na noite anterior e cuidar da alimentação -- alerta Silva.

Psicóloga clínica e consultora da CPC Concursos, Júlia Cecconello entende que buscar orientação é positivo, mas alerta para as informações sobre o assunto na internet e o excesso de preocupação:

--Testes que mostram como burlar podem ser fraudes e só atrapalham o candidato. Muitas vezes as pessoas chegam treinadas demais. É para ser espontâneo. Não se faz preparação específica.O Estado permite recorrer de decisão do avaliador. A reprovação no teste psicológico, porém, não significa que o candidato seja incapaz de trabalhar, mas que ele não atendeu aos parâmetros exigidos no edital daquele cargo em questão.

--Um policial, por exemplo, não pode ser agressivo  nem impulsivo em demasia, mas deve ter um nível mínimo de agressividade - explica o delegado Gaspareto. Se o candidato reprovado discordar da decisão, é possível refazer o teste em concursos estaduais da administração pública. Uma lei prevê que o candidato, demonstrando interesse em ser submetido à nova avaliação psicológica (caso reprovado) deve requere a providência expressamente.

A experiência na formação de policiais, no entanto, mostra que quando a pessoa não term perfil, ela é que sofre com a escolha errada.

--Quando alguém é reprovado no psicotécnico e consegue ser aprovado por liminar judicial, a história acaba mostrando os problemas. O resultado correto acaba aparecendo - diz Gasparetto.

Fonte: Jornal Alto Madeira


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