quarta-feira, 17 de setembro de 2014

OPINIÃO DE PRIMEIRA

ENCHENTE, VIADUTOS, CULTURA: PENDÊNCIAS DO 2014
Estamos chegando ao final do ano, a um trimestre de 2015 e algumas pendências à nossa volta cresceram. Exemplo: os resquícios da enchente histórica do início do ano. Até agora, muito pouco foi feito, de real, para resolver os problemas graves que atingiram milhares de rondonienses. Nos distritos a situação é ainda mais séria. No Parque dos Tanques, ainda há famílias embaixo de lonas. E as obras dos viadutos que ainda nem sequer recomeçaram?  Se nada mais atrapalhar o serviço, agora com um grupo de empresas daqui mesmo, ainda levaremos pelo menos um ano e meio para que tudo seja concluído. E as laterais da BR 364, dentro de Porto Velho? Um dos lados está quase pronto e o outro...ainda longe.  O 2014 foi outro ano sem feira agropecuária em Porto Velho, enquanto as do interior só cresceram, demonstrando, cada uma delas, o vigor do agronegócio. Na Capital, onde o setor é destaque em todo o norte, nem um passo no sentido de voltarmos a ter a Expovel. Na  área cultural? Nosso carnaval foi em agosto. O Arraial Flor do Maracujá ocorreu numa área improvisada, na zona leste. Brilhou assim mesmo, mas apenas pela força dos grupos, que não querem deixar morrer nosso principal evento cultural.
Ainda estamos longe de resolver o caso da transposição, para pelo menos 15 mil servidores, que duas décadas depois, continuam só vivendo de esperança. O passeio de trem da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, é quase certo, ficará apenas na memória. Não há perspectiva de que a Capital tenha uma rodoviária (foto) decente. O aeroporto, de internacional, só tem o nome. O povo continua dando duro, produzindo e trabalhando. E quem tem que cumprir seu papel como representante do povo, também têm que fazer o que lhes cabe. Para que 2015, quando chegar, também não seja apenas mais um ano perdido.
 VOTO E PRISÃO - Continua a briga em torno das placas dos candidatos, em vias públicas. Realmente em muitos casos elas se tornaram perigosas, por prejudicarem a visão dos motoristas como, por não serem fixadas, voarem com o vento e atingirem carros. Agora a Justiça vetou a placas em vários locais, tanto em Porto Velho como em cidades do interior. Está cada vez mais difícil fazer campanha política, já que (quase) tudo é proibido. Só falta a lei mandar prender quem pede voto abertamente, em vias públicas. Lamentável!
CARA DE PAU - Todo o Brasil assistiu embasbacado, via TV e mídia, aos ataques de ladrões a banhistas na praia de Ipanema, no Rio. A horda toma conta de tudo, sob os olhares complacentes do Congresso e do Governo, que fazem de conta que essa bandalheira está acontecendo na Conchinchina, não numa das mais famosas praias brasileiras, conhecida em todo o mundo. Não há lei, ordem ou punição. E essa gente ainda vem para o horário eleitoral gratuito dizer que está tudo bem. Bem onde, cara pálida?
 MUTIRÃO E MOTOS - No Rio de Janeiro, há 14 mil pessoas na fila para fazer algum tipo de cirurgia ortopédica. Está assim em todo o País. Em Rondônia não é diferente. Por isso, em outubro, será feito mais um mutirão e cirurgias. Dezenas de pessoas esperam na fila, a grande maioria, acidentados de trânsito. E, de cada dez acidentados, oito são motociclistas ou caroneiros de motos. O mutirão quer diminuir em 60% o número de pessoas que esperam ser operadas. Não se sabe quantas são.
 "ESTENSÃO" - Não foi fotomontagem ou fake, ambas as coisas comuns nas redes sociais, por isso só pode ser taxado de lamentável o episódio de uma das placas sobre a ponte do rio Madeira, colocada, sob o comando do Dnit, com um grosseiro erro de português. Publicada e reproduzida dezenas de vezes, a placa tinha inscrito nela que a ponte tem "975 metros de ESTENSÃO",  com S. Pouco depois, outra placa, aí com a escrita correta (Extensão, com X), apareceu no lugar daquela que os internautas criticaram. Erro grosseiro, embora para muitos (os petistas adoram esta tese), "o importante é se fazer entender e não escrever certo".  
 FALSO PEDÁGIO - Por falar em ponte, mais um caso absurdo, ligado à obra. Dias atrás, um boato de que seria cobrado pedágio para passagem de um lado a outro, mobilizou a comunidade dos assentamentos Joana D´Arc. Os colonos chegaram a emitir uma nota, anunciando um protesto, incluindo faixas e cartazes, contra a tal cobrança. Era e é uma informação absurda, de algum doente, porque a obra, pública, não tem e nunca terá cobrança de pedágio. Mesmo depois de desmentidos de autoridades do Dnit e do próprio senador Valdir Raupp, pela mídia, a boataria ainda continuava. Dá pra acreditar?
 FRONTEIRAS ABERTAS - Fronteiras sem controle aceitam de tudo, entrando e saindo, mas principalmente entrando no Brasil. O tráfico de drogas e armas, que mantém o crime organizado cada vez mais poderoso, assim como imigrantes que chegam praticamente sem controle, atestam como são frágeis nossas fronteiras. As de Rondônia são iguais às do Acre e de Mato Grosso. De vez em quando, a polícia apreende carregamentos recordes de drogas, como ocorreu na semana passada, na fronteira acriana com o Peru 276 quilos de coca pura apreendidas. Mas é caso raro...
 PERGUNTINHA - Depois da ponte sobre o rio Madeira, qual será a grande obra, entre tantas inacabadas ou abandonadas, que a população de Rondônia vai receber?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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