segunda-feira, 1 de setembro de 2014

A lentidão das obras públicas

As alterações em cronograma de projetos como a construção da ponte sobre o rio Machado, em Ji-Paraná, região central do Estado, a ampliação da sede do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), em Porto Velho, como mostrou ontem este Diário, e o realinhamento do preço no projeto de construção de elevados na BR-364, na Capital rondoniense, não acontecem somente em Rondônia.

O Brasil enfrenta problema de profissionais no setor de engenharia e muitas obras estão paradas por falta de especialistas no setor. Parece ficar cada vez mais claro que o Governo Federal não preparou, profissionalmente, o País para receber essas obras. No Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), alguns  projetos não avançaram em 2013 por conta da ausência de técnicos e engenheiros.

Ao que parece, um problema puxa o outro. Além da falta desses profissionais no mercado de trabalho, as construtoras, mesmo sabendo dessa deficiência de mão de obra, costumam alterar os projetos que já estão em andamento. O resultado dessa mudança todos já sabe: o atraso no prazo de entrega. O Tribunal de Contas (TCU) está abarrotado de processos e nem sempre, tem condição de fiscalizar esses empreendimentos que estão em processo de execução Brasil afora.

Não se vê mais falar na imprensa fiscalizações em obras do Governo Federal nos Estados. Todos os anos, técnicos do TCU faziam uma peregrinação nos municípios onde estão concentradas essas obras. Empresas eram punidas, prefeitos multados e muitos se tornaram ficha suja até hoje.

Existe necessidade de se punir, com maior rigidez, empresas que não entregam obras dentro do prazo, ou alteram os projetos iniciais. Não se sabe se as alterações desses projetos passam pelo crivo do TCU. O prejuízo sempre fica com a população. A sede do INSS em Rondônia é um exemplo claro disso. A obra, que teve inicio em 2009, teve quatro datas marcadas de inauguração. Até hoje a reforma e ampliação do prédio segue. Enquanto isso, a população da terceira idade sofre com a falta de espaço para receber um tratamento.

Fonte:  EDITORIAL – Jornal Diário da Amazônia


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