quinta-feira, 14 de agosto de 2014

OPINIÃO DE PRIMEIRA

QUANDO SE FALAVA EM EDUARDO CAMPOS,SE PENSAVA NO FUTURO!
A tragédia ronda nosso país, de tempos em tempos. Quando Tancredo Neves foi hospitalizado pouco depois de ser eleito, em 1985, quem imaginaria que poucos dias depois ele estaria morto, antes de governar? Agora, surge mais um daqueles eventos que mexem com a estrutura política do país. A morte de Eduardo Campos não só é uma grande perda para o Brasil, mas é representa ainda o desaparecimento de uma liderança que, se não chegasse ao poder agora, chegaria em alguns anos. Era lógico pensar nele, sempre que se pensava no futuro. Mas, estava escrito nas estrelas de que, assim como Tancredo, perdêssemos outra figura nacional de porte, ainda começando sua caminhada que poderia culminar, em alguns anos, numa alternativa muito positiva para comandar nosso país. Campos deixou o governo de Pernambuco para disputar a Presidência, com 90% de aprovação. Precisa dizer mais em relação a ele? Popular, mas não populista; cheio de ideias novas e viáveis; com uma firme crença no país e nos brasileiros, ele leva para a sepultura muito da esperança daqueles que achavam que poderíamos ter uma nova liderança, uma alternativa viável ao sistema de governar que temos visto nas últimas décadas.
E agora? Ainda é muito cedo, mas pode-se pensar que Campos será substituído por sua vice, Marina Silva. Isso será bom para o país? Quem conhecia Eduardo Campos e conhece muito Marina Silva acha que não há comparação entre ambos. Os mais pessimistas acham que, para a Amazônia, uma eventual eleição dela (se entrar, tem chances reais), seria algo perto de um desastre. Mas, enfim, ainda estamos todos de luto e é cedo para outros sentimentos. Tomara que com a morte de Campos não tenhamos perdido muito mais do que um líder. Tomara que ele não tenha levado consigo nossas esperanças de um futuro melhor!
 TRISTEZA GERAL - Tão logo soube da morte de Campos, o governador Confúcio Moura postou nas redes sociais uma mensagem de condolências à família e aos correligionários. Confúcio foi deputado junto com o avô de Campos, o lendário Miguel Arraes e, anos depois, com o próprio Campos. Também o prefeito Mauro Nazif e o prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires, correligionários e amigos do presidenciável que morreu no acidente aéreo de ontem, lamentaram o episódio e relembraram o quanto Campo foi importante para a polícia brasileira.
 QUEM NOS SALVARÁ? - Parece mentira, mas infelizmente não é. Uma das poucas coisas boas que restou para o turismo em Porto Velho, os passeios de barco pelo Rio Madeira, estão sendo proibidos pela Superintendência do Patrimônio da União, que não quer mais que as embarcações saiam e cheguem no porto da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. É mesmo uma terra azarada. Quem manda, pouco faz em defesa dela. Quem é paraquedista, chega aqui só pra atrapalhar. Nem o Chapolin Colorado pode nos salvar!
 E O RESTO? - O que surpreende é que não se ouviu qualquer anúncio de medida do Patrimônio Histórico na preservação da área, quando ela foi atingida pela recente violenta enchente. Máquinas e equipamentos foram abandonados. Nenhuma palavra também contra os drogados que tomaram conta do local; contra os constantes assaltos e roubos; contra a sujeira, que envergonha o porto velhense que vê seu principal ponto turístico deteriorando. Para ajudar, têm poucos. Mas para atrapalhar e prejudicar quem trabalha e ajuda a cidade, aí eles acham uma forma legal. Triste!
VONTADE DE CHORARN - Dá vontade de chorar, ao ouvir as explicações de servidores municipais e da Caixa Federal sobre a demora na entrega de apartamentos de um residencial, no bairro Socialista, cujas obras estão atrasadas há mais de três anos. Os sorteados, gente pobre e desamparada, ao invés de ser ajudada, têm que enfrentar uma burocracia infernal e obstáculos quase instransponíveis. As explicações dadas deixam as pessoas que acompanham o caso cada vez mais descrentes. Neste rosário de vai e vem, só os pobres sofrem cada vez mais.
ATÉ AGORA, LIGHT! - Com exceção de uma crítica feita por Expedito Júnior contra o endividamento do Estado, a campanha pelo governo ainda não esquentou. Jaqueline Cassol, ao menos por enquanto, também não se postou como principal candidata de oposição. O Padre Ton seguiu no mesmo caminho, embora se saiba que ele vai elevar o volume do discurso oposicionista contra Confúcio. O governador, que vai à reeleição, disse que não tem tempo para responder ataques. Pimenta de Rondônia não começou ainda a campanha. Então, até ontem ao menos, tudo estava muito light. Ao menos até começar o horário eleitoral gratuito...
DONA DILMA NÃO VEM! - De surpresa, o Planalto programou uma vinda da Presidente Dilma Rousseff a Porto Velho, nesta quinta. Ela viria para visitar as hidrelétricas do Madeira e ver como estão as obras do Linhão. E, claro, faria campanha, porque essa vantagem a caótica Lei Eleitoral permite a quem está no poder, embora proíba quase tudo aos seus adversários. Na última hora, contudo, tudo mudou. A Presidente decidiu gravar de novo seus programas para o horário eleitoral e vai a Minas Gerais, em outros compromissos. Rondônia caiu fora da agenda, ao menos por enquanto.
PERGUNTINHA Com a morte de Eduardo Campos, vai haver alguma mudança profunda do eleitorado na disputa Presidencial ou a mudança será pequena?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires


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