quarta-feira, 13 de agosto de 2014

OPINIÃO DE PRIMEIRA

A VERGONHA NACIONAL DAS OBRAS QUE NUNCA TERMINAM

No final do ano passado, o pobre Estado da Paraíba tinha quase 12 bilhões de reais em obras do PAC, todas paralisadas. Eram mais de 1.200 obras. Uma plataforma de uma estação de teleférico não utilizada na favela da Providência, no Rio de Janeiro, que custou 32 milhões de dólares, não funciona desde 2012. É local de brincadeiras e jogo de futebol entre a criançada, que ali faz a festa. Sob  viadutos e trechos de uma linha de metrô abandonada em Salvador, a população pode andar e fazer exercícios. Afinal, a obra não serviu para nada até agora e se fala que,  talvez , algum trem do metrô opere ainda este ano. Há também aberrações, como uma obra abandonada em Minas Gerais. Ao custo de mais de 450 mil dólares, um tal "Museu Extraterrestre" (foto), para lembrar o ET de Varginha, está lá, abandonado, símbolo de como é fácil torrar dinheiro público com idiotices.  Hoje, o local abriga cachorros abandonados. Em Porto Velho, simples elevadas, que receberam o pomposo  apelido de viadutos, se tornaram também obras em "homenagem" à incompetência e ao desperdício do dinheiro do contribuinte.
Em cada canto deste país, seja em Capitais ou numa cidadezinha, multiplicam-se esses monumentos vergonhosos, obras inacabadas, que custaram fortunas, que levaram anos para serem projetadas, que só fizeram as comunidades perder tempo, sonhando com as melhorias que poderiam obter, caso tudo tivesse sido pronto e entregue dentro do prazo. Sem corrupção desenfreada. Sem superfaturamento. Sem que as pessoas de bem ficassem envergonhadas em ter que assistir à tanta canalhice de gente que enriquece às custas dos pobres e que, com raríssimas exceções, jamais são punidas. Este é o Brasil, país onde, se o dinheiro público fosse bem aplicado, viveríamos uma vida digna. Ao contrário da nossa realidade...
 VAI EXPLODIR! - Outro escândalo: sim, está para estourar mais um, daqueles com mais megatons que a Fat Boy, jogada em Hiroshima.  Só que a explosão será aqui, em Rondônia. Se não veio a público ainda, está vindo. Tem propina, corrupção, gravações feitas sem que os envolvidos suspeitassem. É coisa grande, que vai dar uma grande confusão, quando se tornar uma história pública. É bom ficar de olho, porque se o que está sendo comentado ainda como segredo, tiver uma só ponta de verdade, certamente vai mexer com as estruturas políticas de uma importante cidade rondoniense. Esperemos para ver!
 CORRIDA DURÍSSIMA - Se a disputa ao Governo começa com empate entre Confúcio e Expedito, com Jaqueline Cassol crescendo, para o Senado a coisa não está diferente. Acir Gurgacz está apenas um ponto à frente de Ivone Cassol, que começa com força surpreendente. Mas, correndo por fora, vem Moreira Mendes. Apenas a oito pontos de Acir e sete de dona Ivone, Moreira só foi confirmado como candidato exatamente no segundo dia da pesquisa. Também não está ruim a quarta posição do professor Aluizio Vidal, que chegou aos 5%.
 MARCANDO PRESENÇA - Vale a pena repetir: se Vidal fosse candidato a deputado estadual teria grandes chances de se eleger, não por seu partido, o PSOL, que ainda é pouco mais que incipiente no Estado, mas pelas virtudes do candidato. Provavelmente se concorresse à Câmara Federal, até tivesse uma chance um pouco melhor. Concorrer ao Senado apenas para marcar presença e ocupar espaço para seu partido é uma decisão que deve ser respeitada, mas, sem qualquer efeito prático.
 DESPEDIDA DE LAFITE - Pendurou suas chuteiras na Justiça do Trabalho de Rondônia, onde realizou um trabalho dos mais respeitáveis durante quase uma década, o juiz Lafite Mariano, um dos mais respeitados magistrados daquele Tribunal. Alvo de várias homenagens, Lafite atuou por mais de 23 anos na Justiça Trabalhista, sempre com destaque e ações elogiadas. Aposentou-se com um emocionado discurso, na semana passada e sob várias homenagens dos colegas.
 ANDANDO PARA TRÁS - Se a intenção é que seja feita uma campanha política pífia, sem envolvimento da população, sem vibração, sem sentimento, a legislação eleitoral conseguiu atingir seu objetivo. Como (quase) tudo é proibido e o que não é o Ministério Público Eleitoral faz questão de interpretar como risco de problema aos candidatos e até à imprensa, o que se vê é uma campanha chinfrim, sem emoção, voltada para alguns pequenos grupos, com o eleitor mantendo uma grande distância dos debates e sem interesse real de participar. A democracia nesta eleição, ao invés de ser aprimorado, está é regredindo!
 10 BILHÕES SUJOS - Não haverá a repercussão que se poderia imaginar, porque a sucessão de escândalos no Brasil já não surpreende ninguém. E porque quando há punição, ela demora tanto tempo (com raras exceções, como o caso do Mensalão), que pode se passar uma geração inteira sem que a Justiça puna realmente algum dos envolvidos em tantos crimes. Mas é lamentável mais uma denúncia, a desta semana, da Revista Veja, envolvendo mais de 10 bilhões de reais de dinheiro sujo, "lavado" no esquema do doleiro Alberto Youssef. Mais um escândalo em que ninguém será punido?
 PERGUNTINHA - Será que o líder do MST, Pedro Stédile, está mesmo falando sério quando ameaça que vai fazer "uma guerra" contra o tucano Aécio Neves, se ele for eleito para a Presidência da República?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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