segunda-feira, 21 de abril de 2014

Colonização da Amazônia

Pelo posicionamento geográfico, pelo potencial dos recursos naturais renováveis, pelas riquezas minerais, pela saída econômica e social que o Brasil adotou na região a partir da década de 70, quando removeu para o Território Federal de Rondônia, o excesso populacional dos campos da região sul e sudeste. Um grave problema social causado pelo emprego da tecnologia e mecanização rural, que deixou sem trabalho milhares de famílias campesinas, desempregados pela mudança do modelo de produção rural brasileiro.

De uma população de 250 mil habitantes na década de 70, habitando em duas ou três cidades o Estado de Rondônia passou em duas décadas paras mais de um milhão e meio de habitantes, vivendo em mais de 50 novas cidades.

Uma explosão demográfica regional que tirava o Brasil de dois grandes problemas, a sobra dos excessos populacional, no sul, sudeste e nordeste e a premente necessidade de ocupar a Amazônia realmente com brasileiros, afastando a pressão internacional de ocupação da região amazônica, por um consórcio de países, entre eles Estados Unidos, Inglaterra, França, Alemanha, Japão e Austrália.

Com uma campanha oficial de "integrar para não entregar" o então governo militar brasileiro, capitaneava a ocupação do Norte do Brasil. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - Incra, era o braço direito do Governo Federal, na localização física das famílias migrantes oriundas do sul, sudeste e nordeste.

O Governo Federal Brasileiro, esfria as claras intenções internacionais de ocupar a Amazônia, usando um velho truque que já dera certo no passado, quando o então governador do Estado do Amazonas Eduardo Ribeiro, financiou a plantação de seringueiros brasileiros em toda a região do Alto Juruá, então território peruano, para que quando a comissão internacional de limites, composta por franceses, ingleses e americanos, verificasse "In loco" se o território em questão, era realmente habitado e explorado por brasileiros.

Contenda finda a região se chamaria Departamento Federal do Alto Juruá, cujo primeiro governador indicado pelo governo brasileiro foi o Marechal Thaumaturgo de Azevedo, posteriormente o Departamento do Juruá, capital Cruzeiro do Sul se fundiu com o Departamento do Acre, criando o Território hoje Estado do Acre.

Não deu outra, a partir de 1964 o governo do presidente Emílio Garrastazu Médici, vencia de novo, além de parar as intentonas comunistas da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, chefiadas pela Rússia na América do Sul, que já estava dando certo em Cuba, Peru, Chile, tornou-se a Amazônia realmente brasileira.

No início foi tudo muito difícil, o "eldorado rondoniense" virou uma odisseia, de lutas e violência pela disputa de terras e das novas oportunidades de sobrevivência econômica. No caso específico de Rondônia e Acre regiões limítrofes com Bolívia e Peru, veio no bojo da colonização o aumento de tráficos de entorpecentes, que injeta com facilidade dinheiro e violência no meio social.

O ouro e a madeira, aos poucos vai salvando a pátria e limpando o dinheiro sujo gerado pelo narcotráfico, que mesmo em menor quantidade ainda perdura até hoje. A pecuária, o milho, café e a soja, eleva o nível de respeito para as famílias, que para cá vieram, para construir um Estado político econômico e social sério, com apoio do próprio Governo Federal, que por muitas vezes foi acusado justamente de trazer brasileiros para Rondônia, para serem exterminados pela malária e a falta de apoio logístico para desenvolver qualquer atividade na região.

Ainda na década de 70 o Exército Brasileiro começou a construir a BR 364, ligando e colocando fim o isolamento dos Estados de Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia e o Mato Grosso com a capital federal Brasília, uma promessa do salvador do Norte e Centro Oeste brasileiro, o presidente mineiro, Juscelino Kubitschek de Oliveira.

O tempo foi passando e o Estado de Rondônia foi criando sua própria personalidade. Uma terra fértil principalmente a parte sul do Estado. Com uma história rica de aventuras e realizações econômicas pessoais, Rondônia é conhecida como a terra das oportunidades.

Com a maior mina de nióbio do planeta, localizada na cidade de Ariquemes e a maior mina de diamantes da terra, descoberta pelo Marechal Rondon e visitada inclusive pelo presidente dos Estados Unidos Franklin Roosvelt, que o nome ao Rio onde está localizada a mina, infelizmente mal cuidada pelos índios Cinta larga, e solapada pela exportação ilegal, de contrabandistas, e maus brasileiros, que roubam diamante da mina. O governo e povo, pouco se beneficiam dessa extraordinária riqueza dada por Deus.

Poucos sabem mas, a mina foi a garantia real que o Governo Federal Brasileiro deu para que o Banco Mundial emprestasse dinheiro para custear a construção de Brasília-DF no governo de Juscelino Kubitschek. 

O empréstimo foi pago e a mina de diamante do Rio Roosvelt, continua povoando a imaginação de pessoas que sonham em ficar rico no eldorado brasileiro.

O desembargador ........Marques, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia no governo de Ivo Narciso Cassol, fez uma declaração sintética, digno de um Destino Enunciado norte-americano escrito por Abraham Lincoln:

"O futuro social e econômico de Rondônia, é venturoso. Este Estado está no caminho certo. Nos próximos 20 anos o Brasil terá a prova disso. Temos tudo que precisamos para sermos um Estado Rico. O mapa de Rondônia parece com o mapa de São Paulo, temos um solo, rico em tudo,  a população que compõe a massa social, é originária de todos os Estados brasileiros, com uma vantagem, quem vem para Rondônia, vem para trabalhar e mudar para melhor a sua vida".

Referindo-se que São Paulo tem gente de todo o planeta, Rondônia tem gente de todo o Brasil. Cultura, hábitos e costumes de todas as partes do país, enriquece o mosaico ainda indefinido da cultura rondoniense.
Fonte: Benjamim Zegarra - Jornal Alto Madeira

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